terça-feira, fevereiro 17, 2009

Grandioso


Dirigido pelo australiano Baz Luhrmann realizador de pérolas como Mouling Rouge e a versão moderna de Romeu e Julieta. Estrelado pelos também australianos Nicole Kidman e Hugh Jackman, Austrália é um belo filme, repleto de paisagens belíssimas, grandioso em todos os sentidos, a fita segue a cartilha estética das antigas grandes produções como “E o Vento Levou” de 1939, não por acaso o filme também se passa nesse ano.

Com um orçamento gigantesco de quase 150 Milhões, um roteiro que enfoca conflitos rurais e guerra, longas filmagens (nove meses), além da grande duração (165 Min.), mas com uma diferença sem os cenários gigantescos de encher os olhos que são substituídos pela eficiente computação gráfica, os americanos não entraram no clima e o longa foi um dos grandes fracassos financeiros da temporada.

O filme é narrado por Nullah (o estreante Brandon Walters), um garoto aborígene que conta a estória de Lady Ashley, uma Nicole Kidman, um tanto caricata mas que vai melhorando com o desenrolar da estória. Ela interpreta uma aristocrata inglesa que vai ao encontro do marido no norte da Austrália, mas ao chegar descobre que ele foi assassinado. E acaba herdando a fazenda falida e duas mil cabeças de gado que precisam ser vendidas. Pra não perder a fazenda, ela recorre ao rude Capataz (Hugh Jackman, fazendo a mulherada suspirar), não preciso dizer que após a antipátia inicial surge um romance.

Austrália é uma boa pedida pra quem gosta de um épico bem realizado, que mistura romance, drama, guerra e um pouco de comédia. Além disso, pode-se aprender um pouco mais da cultura do país dos cangurus. O filme também aborda o misticismo do povo aborígene e o famoso caso das Gerações Perdidas, em que os garotos eram arrancados das tribos para serem “educados e civilizados” pela igreja. O longa teve apenas uma indicação ao Oscar na categoria Melhor Figurino, mas Hugh Jackman será o apresentado da cerimônia esse ano.

Um comentário:

Fabrício Veloso disse...

no inicio de sua projeção, senti entusiasmo por esse filme, mas depois fiquei contando as horas para terminar. Enfim, um filme visualmente bonito, mas com um recheio de ruim de amargar.

Incrível como algumas músicas desencadeiam lembranças guardadas bem no fundo do inconsciente. O disco “To The Faithfull Departed” dos Cranbe...