Criado pelo escritor Thomas Harris em meados dos anos 80, o celebre canibal Hannibal Lecter teve sua primeira aparição nas telas com o longa “Manhunter” de 1986, onde era vivido pelo ator escocês Brian Cox. Mas sua consagração aconteceu em 1992 com o soberbo “O Silêncio dos Inocentes” onde a brilhante atuação de Anthony Hopkins, transformou o personagem em um dos mais queridos e temidos vilões que o cinema já produziu. Dez anos mais tarde, o ator volta ao papel no mediano “Hannibal” e no ano seguinte, volta a repetir o papel em no excelente “Dragão Vermelho”. Thomas Harris (que também assina o roteiro), realiza uma espécie de prólogo, o livro está sendo lançado simultaneamente com o longa e visa apenas uma coisa: lucro. “Hannibal Rising” ou “Hannibal – A Origem do Mal” na versão nacional, conta ou pelo menos tenta esclarecer a origem do personagem e as razões que o levaram a ser um canibal e serial killer. Somos apresentados à infância e juventude de Lecter, aqui vivido pelo insosso ator francês Gaspar Ulliel. A ação se passa em plena Segunda Guerra Mundial, mas especificamente na Lituânia. De origem abastada, o jovem Hannibal e sua família têm que fugir do domínio alemão e escapar do fogo cruzado destes com os russos, se escondendo na casa de campo. Não demora muito para que o esconderijo seja descoberto. Como já era de se esperar, seus pais são mortos de forma covarde durante um ataque aéreo, sobrando apenas ele e a irmã menor, que posteriormente também é assassinada e ainda devorada, dessa vez por saqueadores, enfim a morte da família teria sido o estopim para os pessímos hábitos do Doutor Lecter (que original!).
A parir daí é explicado de forma vaga e sem ritmo, o que aconteceu após esses acontecimentos. Como por exemplo: a fuga do orfanato russo, as viajens clandestinas até chegar a Paris e encontrar a casa do tio, que seria seu único parente vivo. Chegando lá, descobrimos que esse faleceu no ano anterior. Acolhido pela viúva Sra. Murasaki (Gong Li, deslumbrante), que se torna um misto de mentora/cúmplice e paixão platônica. Já estabelecido, ela o ensina vários elementos da cultura japonesa e também nesse período é mostrada a sua entrada na faculdade de Medicina, onde ele aperfeiçoou suas habilidades com objetos cortantes.
Dirigido por Petter Webber, o filme é demasiadamente longo, previsível, edição sem ritmo, roteiro enfadonho, suspense quase zero, sem falar nos cansativos flashbacks que não acrescentam nada, o mesmo perdeu a memória e vai lembrando aos poucos dos traumáticos acontecimentos sobre o assassinato da irmã caçula e o restante do filme se resume apenas isso: vingança contra os autores do crime e cenas violentas. Está comprovado, sem Antony Hopkins o personagem não funciona.
Dirigido por Petter Webber, o filme é demasiadamente longo, previsível, edição sem ritmo, roteiro enfadonho, suspense quase zero, sem falar nos cansativos flashbacks que não acrescentam nada, o mesmo perdeu a memória e vai lembrando aos poucos dos traumáticos acontecimentos sobre o assassinato da irmã caçula e o restante do filme se resume apenas isso: vingança contra os autores do crime e cenas violentas. Está comprovado, sem Antony Hopkins o personagem não funciona.