quarta-feira, junho 22, 2011

Simples e Apaixonante

Dirigido por Jean Becker (Conversas Com Meu Jardineiro) e baseado no romance “La Tête en Friche de Marie-Sabine Roger. Minhas Tardes Com Margueritte é um daqueles filmes que qualquer elogio que se faça não é suficiente para descrevê-lo. Uma estória extremamente simples que traça uma delicada análise sobre a profundidade das relações humanas e que mostra como a amizade e o amor pela leitura podem mudar vidas e abrir horizontes.

A trama se concentra na estória de Germain (Gérard Depardieu, sempre ótimo), um feirante ignorante que todas as tardes durante a sua folga se senta no parque para comer um sanduiche e alimentar os pombos. Numa dessas tardes ele encontra Margueritte (Gisèle Casadesus), uma simpática senhora de 95 anos apaixonada por livros.

Desse improvável encontro de duas pessoas tão diferentes nasce uma bela amizade. Durante essas tardes tão mágicas, Marguerite lê clássicos da literatura como A Peste de Albert Camus e a troca de experiências e admiração mútua, que faz com que esses dois indivíduos repensem suas vidas tão solitárias.

Destaque também para o roteiro bem escrito, que mesmo permeado por flashbacks sobre a infância de German, que sem prejudicar a fluidez da trama, tornam o drama do personagem mais palatável. Minhas Tardes Com Margueritte conquista sem apelar para os clichês ou sentimentalismo; e o melhor, sem nunca cair na pieguice, o que é bastante raro no cinema atual. Curto, intenso, poético, simples e delicioso, um filme que merece ser apreciado.

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