terça-feira, maio 23, 2006

Muito Barulho Por Nada

O Código Da Vinci, adapatação do best seller de Dan Brown, chega aos cinemas depois de figurar por meses nas listas de mais vendidos em todo mundo, estima-se que a obra já vendeu 40 milhões de exemplares ao redor do planeta, causando polêmcia, boicotes, sendo censurado em alguns países, nada como uma boa polêmica para alavancar um filme, vide os recentes: "Dogma" do diretor Kevin Smith, porque era protagoziado por anjos assasinos e tinha Alanis Morisette interpretando Deus e "A Paixão de Cristo" dirigido por Mel Gibson, pelas cenas de violência.
A obra tem início com o assasinato do curador do Museu do Louvre Jacques Saunière (Jean Pierre Marielle) pelo monge Silas (Paul Bettany). Saunière em seu último esforço de proteger o segredo guardado por séculos, por uma sociedade secreta chamada O Priorado De Sião, deixa pistas e uma misteriosa chave para a neta Sophie Neveu (Audrey Tautou) no intuito que ela descubra o segredo e procure Robert Langdon (Tom Hanks), então Langdon é procurado pela polícia francesa, por ser mestre em simbologia de Havard, mas o investigador Bezu Fache (Jean Reno) acredita que Langdon é o principal suspeito. Cabe aos dois decifar o mistério que é formado por pistas escondidas nas obras do gênio Leonardo Da Vinci (que também fazia parte da sociedade) e escapar da falsa acusação.
O filme foi bem adaptado, não deve ter sido fácil condensar 440 páginas e fazê-lo funcionar na tela, os atores foram bem escolhidos, só achei que o Tom Hanks não é muito adequado ao Langdon descrito no livro, o Russel Crowe era o meu favorito para o papel, a fotografia é primorosa repleta de belas paisagens európeias e os lugares históricos foram bem fotografados e convenhamos não há como filmar em Paris e ficar feio ou sem graça, a trilha sonora do competente Hans Zimmer funciona no envolvimento da trama.
Um recurso do filme que merece atenção são os flashbacks, houve quem os achasse cansativos, mas são essenciais para a compreensão, uma ou outra cena foi alterada, mas nada que comprometa a estória, já foi final um pouco alterado, o romance entre os protagonistas foi cortado.
O livro causou tanta polêmica pelas suas teorias, entre uma delas dizia que Jesus era um homem comun, que foi casado e teve filhos com Maria Madalena, o autor ousou ao brincar com personagens sagrados, mas não é para ser levado a sério, é apenas entreterimento, não vejo por que para tanta repercusão, é apenas um livro, apenas ficção, uma fuga da realidade. Outra que não ficou nada satisfeita foi a Opus Dei, uma organização católica, que é retratada como vilã na trama, exigiu que antes da exibição fosse veiculado um letreiro avisando que essa era uma obra de ficção, a Sony ignorou o pedido.
Na minha opinião cabe ao indíviduo o discernimento dos fatos e só uma pessoa muito ingênua ou sem fé, tomaria esses fatos como reais.
O Código Da Vinci é apenas uma divertida e inteligente ficção, não é para ser levado a sério e a polêmica só despertará a curiosidade do público e que venha "Anjos e Demônios", preludio deste e que se passa dentro do vaticano.

terça-feira, maio 09, 2006

Crime Perfeito


Nunca tinha visto um filme de Spike Lee, apenas havia lido que são inteligentes, tem bons diálogos, e que conteúdo políticos e racismo são assuntos latentes na maioria deles, com esse não foi diferente, apesar de ser mais comercial que os outros, o filme possui uma fórmula bem elaborada que junta: inteligência, diálogos inteligentes e personagens bem construidos, além de muito sarcasmo.
Logo no início de O Plano Perfeito, o chefe da quadrilha Dalton Russel (Clive Owen) se apresente e faz um lead de todo o filme, dizendo que este é sobre um assalto a banco, e explica toda a ação, o mais interessante é o porque: Porque eu posso.
Logo depois ladrões disfarçados e fortemente armados entram em um banco e anuncaiam o assalto, mandam todos os reféns deitarem no chão, depois disso mandam que todos se vistam com roupas iguais as deles, então é acionada a equipe policial chefiada por Keith Miller (Denzel Washinton) e iniciada a negociação, depois somos apresentados ao presidente do banco, o Sr. Crane (Christopher Plummer), um homem poderoso, a situação do banqueiro é complicada, pois o segredo que pode destrui-lo está guardado em um dos cofres do banco, para resolver esse pepino, ele contrata a Srta. White (Jodie Foster), uma lobbista ambiciosa que irá negociar com os bandidos para reaver o objeto a qualquer custo.
Outro ponto interessante é a apresentação dos reféns, em uma espécie de preview durante o filme, onde são intercaladas cenas do cativeiro e do interrogatório dos mesmos, então se percebe a diversidade de raças e nacionalidades e o preconceito que os mesmos sofrem.
Não dá pra falar mais sobre a estória para não atrapalhar as boas surpresas, o filme é um quebra cabeças delicioso de se resolver.

Incrível como algumas músicas desencadeiam lembranças guardadas bem no fundo do inconsciente. O disco “To The Faithfull Departed” dos Cranbe...