sábado, novembro 20, 2010

Leitura Emocionante

Falar sobre Pequena Abelha de Chris Cleave é complicado. Não há como contar detalhes sobre o livro sem estragar a surpresa do leitor. Por isso, vou tentar me abster apenas a descrição na contra-capa do livro, quanto menos se souber melhor. Nada como uma boa surpresa pra aguçar a curiosidade.

E como a sinopse do livro conta não dá pra terminar de ler e não querer falar sobre ele. A trama é bem amarrada, cheia de surpresas que são reveladas à conta gotas no decorrer das páginas; e de uma linguagem simples, carregada de sensibilidade, de uma realidade desconcertante.

Sarah, uma jornalista britânica e Pequena Abelha, uma refugiada nigeriana. Mulheres tão diferentes, que um dia essas duas mulheres que se encontram em um dia fatídico. Uma delas tem que tomar uma decisão difícil, que pode salvar a vida da outra. Somente na metade do livro se sabe o que realmente acontece.

Então dois anos depois elas se reencontram. As protagonistas Sarah e Pequena Abelha se revezam entre os capítulos narrando os acontecimentos, suas vidas, enfim, cada uma com sua maneira de lidar com a dor da perda e as injustiças do mundo.

Enfim, não há como não se encantar com a beleza do texto, um convite à reflexão do mundo atual. Amor, amizade, confiança e esperança e muitos outros sentimentos se misturam nessa estória poderosa. O livro deve ganhar as telas do cinema em breve, já que os direitos foram comprados pela atriz Nicole Kidman.


Clique aqui para ler o primeiro capítulo.

quinta-feira, outubro 07, 2010

Uma Amizade Diferente

Quem já trocou correspondências com amigos virtuais ou não, sabe o quão deliciosa é essa intimidade o ato de trocar confidências, desabafar, falar sobre a vida, ou simplesmente contar as novidades a alguém através de uma carta.

Além disso, quem costumava fazer isso, sabia o quanto é angustiante esperar pela resposta do destinatário. Em tempos de internet em que nos comunicamos com rapidez e instantaneidade através do e-mail, redes sociais ou do Messenger, esse costume vem sendo deixado de lado, mas para algumas pessoas nunca será extinto.

Mary e Max – Uma Amizade Diferente é uma animação em stop-motion (aquela com bonecos de massinha) feita para adultos. Começando pelas cores, ou melhor, a quase ausência delas, talvez para deixar a solidão dos personagens ainda mais palpável. Mary (Tony Collette) é uma garota de 8 anos que vive na Austrália, além de não ter amigos, os pais não lhe dão muita atenção. A mãe é viciada em xerez e vive bêbada, e o pai trancado no quartinho empalhando aves mortas.

Max (Philip Seymor Hoffman) é um homem de 44 anos, vive em Nova York, é obeso, viciado em chocolate, também solitário e portador da Síndrome de Asperger que quase não lhe permite interagir com outras pessoas, além de não tolerar mudanças em sua rotina. Ele vive rodeado de animais como um peixe, um papagaio e um gato de um olho só.

Um dia Mary vai ao correio com sua mãe e encontra um catalogo de endereços de Nova York, e ao acaso encontra o endereço de Max, e escreve para ele perguntando como os bebês são feitos na América. Já que na Austrália eles nascem do fundo de uma caneca de cerveja. A partir daí duas pessoas que nunca tinha encontrado uma amizade passam a compartilhar pequenas coisas durante uma década.

O diretor opta por uma narrativa divida em blocos, quase sem diálogo, mas com uma narração eficiente que nos conduz durante todo o filme. Através de muitas reflexões sobre como as coisas simples da vida podem ser extraordinárias, Além de várias referências divertidas aos anos 80, que vão desde de Salve Ferris (Curtindo a Vida Adoidado) a títulos de livros de auto-ajuda. Tudo permeado por um humor sutil, que nos lembra de não levar a vida tão a sério em alguns momentos.

A amizade é o bem mais precioso que existe. Não importa o quão diferente duas pessoas sejam, quando há uma amizade verdadeira, essas pessoas são unidas pelo coração. E que ter amigos verdadeiros, mesmo a distância, é uma dádiva de Deus. É essa a mensagem que fica ao ser assistir Mary e Max – Uma Amizade Diferente.

Clique aqui para assistir ao trailer.

domingo, janeiro 03, 2010

Uma Experiência Interessante


Avatar marca o retorno de James Cameron, após um hiato de 12 anos depois do mega sucesso de Titanic. O cineasta apesar de não lançar nenhum filme, esteve esse tempo todo ocupado com o desenvolvimento de uma tecnologia que permitisse a realização desse ambicioso projeto. A Weta, empresa de Peter Jackson, responsável pelos efeitos da trilogia O Senhor dos Anéis, foi uma das principais parceiras da empreitada. Especialistas dizem que o projeto custou em torno de 600 Milhões de Dólares, mas o diretor nega essa quantia. Orçamento a parte, o resultado tem sido animador, somente nos EUA, o filme arrecadou 300 Milhões em apenas 15 dias de exibição. E uma continuação não deve demorar, já que há muito a ser explorado.

O resultado final do planeta Pandora (local onde se passa a ação) e do movimento dos personagens impressiona pela beleza visual e riqueza de detalhes. Plantas com um aspecto fosforescente e animais parecem ter sido desenvolvidas por cientistas. E claro seus habitantes os Na´Vi, criaturas azuis, que parecem uma mistura de humanos gigantes com felinos. A trama deixa alguns detalhes em aberto, o ano em que se passa a estória não é mencionado e pelo que se sabe a Terra teve seus recursos esgotados.

E é neste planeta explorado pelos terráqueos, que desperta Jake Sully (o ótimo Sam Worthington), um fuzileiro naval paraplégico, que veio substituir o irmão gêmeo morto em um projeto chamado Avatar. Onde se utiliza uma mistura entre o DNA humano e do povo Na´Vi para criar um ser que possa interagir com os nativos e estudá-los com precisão. Mas o ser humano com sua imensa ganância está mesmo é interessado em explorar um precioso mineral encontrado no planeta, nem que para isso tenha que destruir todo o planeta e seus habitantes. Avatar é mais que um filme, é uma experiência de imersão em um mundo novo e selvagem, realçado pela tecnologia 3D, que dá uma profundidade aos cenários e um realismo impressionante a personagens, animais e plantas que quase podem ser tocados.

Essa tecnologia vem crescendo rapidamente, o número de lançamentos e relançamentos cresce a cada ano e as salas de cinema estão se adaptando ao formato. Essa parece ser a saída encontrada pela indústria cinematográfica para atrair o público para ver os filmes na tela grande em tempos de pirataria e downloads ilegais. O único ponto fraco dessa tecnologia são os óculos são extremamente desconfortáveis, especialmente para quem já usa óculos. Mas isso deve ser resolvido em breve.

Incrível como algumas músicas desencadeiam lembranças guardadas bem no fundo do inconsciente. O disco “To The Faithfull Departed” dos Cranbe...