sábado, fevereiro 10, 2007

Pura Ousadia

Nada como uma boa polêmica para chamar atenção e Mel Gibson está se tornando um expert nesse quesito. Tudo começou com o polêmico, realista e doloroso “A Paixão de Cristo” que mostrava as últimas doze horas de vida de Jesus. Além das cenas fortes de tortura e açoitamento, o longa foi acusado de ser anti-semita. Essa questão só fez com que o filme se tornasse uma das maiores bilheterias do ano e só aumentou o cacife e a conta bancária de Gibson, que agora financia suas produções, cabendo aos estúdios apenas a distribuição. Pouco antes do lançamento de Apocalypto, mais uma confusão, Mel Gibson virou notícia por ser preso dirigindo embriagado, além de ter desacatado o policial. Apesar disso é inegável o seu talento e ousadia como diretor. Quem mais ousaria realizar um filme sobre uma civilização quase extinta, filmado no meio da selva mexicana, com atores amadores e ainda falado em dialeto Maia, a não ser ele.
A estória enfoca a civilização Maia pouco antes de ser colonizada pelos espanhóis, onde tribos mais desenvolvidas dominam, massacram e destroem as pequenas. A história gira em torno de Jaguar Paw (Pata de Jaguar, o americano Rudy Youngblood) que foi dominado pela tribo rival e na tentativa de salvar a mulher (grávida) e o filho coloca os dois em um poço profundo, mas acaba sendo raptado com os demais, a partir daí acompanha-se a jornada dos prisioneiros até uma cidade onde alguns serão vendidos como escravos, enquanto outros serão sacrificados em nome dos deuses e cabe ao protagonista tentar uma fuga quase impossível, voltar e salvar a família pois o poço pode encher a qualquer momento.
O filme pode chocar aos mais sensíveis, por algumas cenas de extrema violência, apesar disso o filme é fascinante, algumas cenas impressionam, além de ter uma bela fotografia, e uma trilha sonora poderosa criada por James Horner, o mesmo de Coração Valente.
Apocalypto está concorrendo a três Oscars: Melhor Som, Melhor Maquiagem, Melhor Edição de Som.

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