
A obra tem início com o assasinato do curador do Museu do Louvre Jacques Saunière (Jean Pierre Marielle) pelo monge Silas (Paul Bettany). Saunière em seu último esforço de proteger o segredo guardado por séculos, por uma sociedade secreta chamada O Priorado De Sião, deixa pistas e uma misteriosa chave para a neta Sophie Neveu (Audrey Tautou) no intuito que ela descubra o segredo e procure Robert Langdon (Tom Hanks), então Langdon é procurado pela polícia francesa, por ser mestre em simbologia de Havard, mas o investigador Bezu Fache (Jean Reno) acredita que Langdon é o principal suspeito. Cabe aos dois decifar o mistério que é formado por pistas escondidas nas obras do gênio Leonardo Da Vinci (que também fazia parte da sociedade) e escapar da falsa acusação.
O filme foi bem adaptado, não deve ter sido fácil condensar 440 páginas e fazê-lo funcionar na tela, os atores foram bem escolhidos, só achei que o Tom Hanks não é muito adequado ao Langdon descrito no livro, o Russel Crowe era o meu favorito para o papel, a fotografia é primorosa repleta de belas paisagens európeias e os lugares históricos foram bem fotografados e convenhamos não há como filmar em Paris e ficar feio ou sem graça, a trilha sonora do competente Hans Zimmer funciona no envolvimento da trama.
Um recurso do filme que merece atenção são os flashbacks, houve quem os achasse cansativos, mas são essenciais para a compreensão, uma ou outra cena foi alterada, mas nada que comprometa a estória, já foi final um pouco alterado, o romance entre os protagonistas foi cortado.
O livro causou tanta polêmica pelas suas teorias, entre uma delas dizia que Jesus era um homem comun, que foi casado e teve filhos com Maria Madalena, o autor ousou ao brincar com personagens sagrados, mas não é para ser levado a sério, é apenas entreterimento, não vejo por que para tanta repercusão, é apenas um livro, apenas ficção, uma fuga da realidade. Outra que não ficou nada satisfeita foi a Opus Dei, uma organização católica, que é retratada como vilã na trama, exigiu que antes da exibição fosse veiculado um letreiro avisando que essa era uma obra de ficção, a Sony ignorou o pedido.
Na minha opinião cabe ao indíviduo o discernimento dos fatos e só uma pessoa muito ingênua ou sem fé, tomaria esses fatos como reais.
O Código Da Vinci é apenas uma divertida e inteligente ficção, não é para ser levado a sério e a polêmica só despertará a curiosidade do público e que venha "Anjos e Demônios", preludio deste e que se passa dentro do vaticano.